Category: , By Amanda Magalhães
Sabe esses carinhas que vendem canetas dentro do ônibus? Ou chaveiros, agendinhas e um monte de parafernália pra ajudar o "Lar dos drogados de não sei onde"?

Pois é. Eu SEMPRE ajudo.

Sou uma babaca? Pode ser, mas cara, eu não consigo deixar passar. Eles dizem que a casa de recuperação lá existe há 10 anos e não recebe ajuda do governo. Eu não duvido.

E assim... Eu fico pensando... Eu conheço gente que mexe com droga (Quem não conhece ou conheceu?)... Sei como é difícil para eles e principalmente para a família, que não pode simplesmente amarrar a pessoa e levá-la para a recuperação. Este deve ser um ato consciente do viciado.

Se você não conhece nenhum viciado, agradeça à Deus e pegue a Amy Winehouse como exemplo

E depois que ele perceber que não consegue sair dessa sozinho (o que é muito difícil), eu imagino que deve ser ainda mais difícil se livrar do vício.

Eu não tenho vícios. Não fumo, bebo pouco (juro!), mas juro que consigo imaginar como deve ser difícil abandonar um vício.

Na semana que fiquei sem gtalk e twitter, a coisa mais difícil era não abri-los. Tanto, que fiquei bastante tempo on line nos dois, mas aparecendo como off e não me correspondendo com os outros. Sabe, só pra ter o prazer de olhar as pessoas entrando e saindo, atualizando seus status e tal. Para me descarregar das coisas que geralmente descarrego no Twitter, criei um arquivo txt chamado 'twitter sem twitter', em que twittei a semana inteira (e publiquei aqui.

Eu pude fazer isso. E quem está tentando se livrar das drogas? Ele não tem ponto de escape. Não tem como descarregar a vontade. Essa coisa de que para deixar de fumar, você deve mascar um chiclete sempre que sentir vontade de acender um cigarro? Isso não funciona (minha mãe, minha tia, meu namorado e vários amigos fumam e já tentaram isso e foi em vão). Para parar mesmo, eles têm apenas a força de vontade, ela, ela e só ela!

Eu dou uma moral do cacete pra esse pessoal que cuida dessas casas de recuperação. Deve ser muito difícil lidar com esse tipo de situação. A pessoa deve ficar agressiva, depressiva e mais um monte de 'ivas' por aí.

Então sempre que posso, ou não posso (sexta feira, dei o dinheiro do meu café da manhã pro cara das canetas), eu ajudo. O dinheiro é realmente utilizado para o fim que o cara fala? Não sei, mas pelo menos, quando eu coloco a cabeça no travesseiro eu penso que eu ajudei alguém que precisava. E isso me faz bem.

Se pudesse, eu faria bem mais.

=P

Então tá.
 

3 comments so far.

  1. Anônimo 15 de outubro de 2008 às 09:44
    O meu problema é não ajudar, porque eu não dou crédito pra conversa desses vendedores, e ainda conseguir dormir tranquilo.
    Na boa, todos contam a mesma história de que ficaram que ficaram nove anos viciados em crack e tudo mais... aí força muito.
    Concordo com o seu gesto de ajudar, drogas é o maior problema da nossa sociedade, eu sei que é phoda mas...
  2. Anônimo 16 de outubro de 2008 às 04:44
    É miga...as coisas nesse mundo não são fácies ha muitos problemas para serem resolvidos , mas se pudermos ajudar com um pouco, que a gente ajude né? mesmo que nem sempre sabemos se as pessoas estão fazendo fazendo bom uso disso o importante é a nossa intenção!
    Belo texto ...
    Siga sempre o seu coração
  3. Amanda Magalhães 16 de outubro de 2008 às 05:51
    @diogocorrea Eu queria ser assim... Também me bate um arrependimento, por que na verdade, eu não tenho obrigação disso, né? Pode ser igual dar dinheiro pra mendigo na rua (isso eu não faço)... Mas enfim...

    @hérika Pois é flor... é pela intenção mesmo que eu faço. :)

    Beijo... :)

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