Guardas Municipais de BH
Pois é. Eu tava voltando da casa do Kico de ontem pra hoje. Entrei no ônibus e fiquei sentada na parte da frente por que não tinha mais ninguém dentro além do motorista, trocador e eu (faltavam exatamente 6 minutos pra meia noite).
Uns dois pontos pra frente, entra uma mulher. Uns 40 e poucos anos, mal-vestida, roupa suja e cambaleante. Ela entra, também se senta na parte da frente e fica lá com os olhos fechados e gemendo. Tipo um zumbi.
Do nada, a doida me grita: "ME LEVA PRO UPAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!". Eu quase caí da cadeira, tamanho o susto que eu tomei. Ninguém respondeu a tia, por que o ônibus, passa em frente ao UPA (Unidade de Pronto Atendimento) mesmo.
Dois minutos depois do berro, a tia deita no chão do ônibus e continua lá gemendo. E meio minuto depois ela começou a roncar. O motorista e o trocador ficaram indignados, por que era a última viagem deles, e caso eles atrasassem, perderiam a carona (ou coisa do tipo, sei la, não sou tão bico de conversa assim).
Quando a gente chegou no UPA, tinha uma viatura da Guarda Municipal de Belo Horizonte parada lá na porta. O trocador desceu, contou à eles o que estava acontecendo (e enquanto isso o motorista ficou tentando acordar a tia). Um dos guardas entrou, olhou pra ela e exclamou:
- Ih! É a dona Regina. Deixa ela aí. Espera o médico vir. Ela é muito problemática.
Aí começou uma discussão do caramba entre motorista/trocador e guarda municipal. Um defendendo tirar a dona rápido e o outro esperando chamar o médico. Eis que o guarda municipal solta a pérola:
- Eu não vou ajudar a descer ela do onibus não. Ela tem AIDS e eu to sem luva aqui.
Meu. Fala sério. A tia não tinha nem ferimento nenhum, sabe? Fora os gemidos de zumbi e o fato de ela estar deitada no chão do ônibus, ela não aparentava doença nenhuma.
De qualquer jeito, eu fiquei impressionada. TODO mundo sabe (ou pelo menos eu pensei que soubessem que a AIDS é uma Doença SEXUALMENTE Transmissível. Como assim o cara não queria ajudar a carregar a tia por que ela tinha AIDS e ele tava sem luva? Tipo, ele ia pegar AIDS só de encostar nela? Pelamor né?
Eu escrevi este post falando sobre isso, por que isso realmente me assustou. É este o nível dos Guardas Municipais que temos na nossa cidade? É este tipo de gente que consegue passar nos concursos municipais? Peraí, né?
É, é isso. Ah. Queria frisar que não são todos os guardas municipais que são assim. Claro que não. Eu sei que tem gente inteligente e tal. Mas esse aí me surpreendeu.
Ah. Só pra constar também: a viagem, que era pra ter levado uns 30 minutos, no máximo, levou 1h15min. :P
Uns dois pontos pra frente, entra uma mulher. Uns 40 e poucos anos, mal-vestida, roupa suja e cambaleante. Ela entra, também se senta na parte da frente e fica lá com os olhos fechados e gemendo. Tipo um zumbi.
Do nada, a doida me grita: "ME LEVA PRO UPAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!". Eu quase caí da cadeira, tamanho o susto que eu tomei. Ninguém respondeu a tia, por que o ônibus, passa em frente ao UPA (Unidade de Pronto Atendimento) mesmo.
Dois minutos depois do berro, a tia deita no chão do ônibus e continua lá gemendo. E meio minuto depois ela começou a roncar. O motorista e o trocador ficaram indignados, por que era a última viagem deles, e caso eles atrasassem, perderiam a carona (ou coisa do tipo, sei la, não sou tão bico de conversa assim).
Quando a gente chegou no UPA, tinha uma viatura da Guarda Municipal de Belo Horizonte parada lá na porta. O trocador desceu, contou à eles o que estava acontecendo (e enquanto isso o motorista ficou tentando acordar a tia). Um dos guardas entrou, olhou pra ela e exclamou:
- Ih! É a dona Regina. Deixa ela aí. Espera o médico vir. Ela é muito problemática.
Aí começou uma discussão do caramba entre motorista/trocador e guarda municipal. Um defendendo tirar a dona rápido e o outro esperando chamar o médico. Eis que o guarda municipal solta a pérola:
- Eu não vou ajudar a descer ela do onibus não. Ela tem AIDS e eu to sem luva aqui.
Meu. Fala sério. A tia não tinha nem ferimento nenhum, sabe? Fora os gemidos de zumbi e o fato de ela estar deitada no chão do ônibus, ela não aparentava doença nenhuma.
De qualquer jeito, eu fiquei impressionada. TODO mundo sabe (ou pelo menos eu pensei que soubessem que a AIDS é uma Doença SEXUALMENTE Transmissível. Como assim o cara não queria ajudar a carregar a tia por que ela tinha AIDS e ele tava sem luva? Tipo, ele ia pegar AIDS só de encostar nela? Pelamor né?
Eu escrevi este post falando sobre isso, por que isso realmente me assustou. É este o nível dos Guardas Municipais que temos na nossa cidade? É este tipo de gente que consegue passar nos concursos municipais? Peraí, né?
É, é isso. Ah. Queria frisar que não são todos os guardas municipais que são assim. Claro que não. Eu sei que tem gente inteligente e tal. Mas esse aí me surpreendeu.
Ah. Só pra constar também: a viagem, que era pra ter levado uns 30 minutos, no máximo, levou 1h15min. :P
2. Não questione o guarda, menina! E ele disse que ia pegar aids só de pegar a nega no chão do ônibus, não questione! Vai saber COMO ele ia pegar ela, né?
(ok, piada ruim, eu sei)
Na maioria das vezes quando as pessoas sabem que alguém tem AIDS tem medo de tocar até mesmo em coisas que essa pessoa tocou...É um tipo de repulsa ignorante mas que infelizmente as pessoas tem. O mesmo tipo de repulsa quando um mendigo chega perto demais te pedindo esmola.
Coisa assim meio sem noção e um pouco também falta de informação. Não basta dizerem apenas na TV que AIDS só é transmissível através de relação sexual ou contato direto com o sangue do infectato, é preciso informar nas escolas, fazer campanhas etc...coisa que no Brasil tu já sabe né, é muito fraco.
Continue escrevendo...
BGinn
@MarcelGinn A qualidade da educação e consequentemente a maneira de assimilação de informação dos brasileiros me assusta cada dia mais. Mas, como boa brasileira que sou, eu tenho esperança de que isto um dia possa mudar.
Tenho alguns amigos da guarda e respeito muito o trabalho deles, mas vamos a alguns fatos:
1. Não há sentido em ajudar uma pessoa que não seja problemática, se ela possui problemas então já é motivo suficiente para receber ajuda especial. Caso contrário ela nem estaria ali.
2. Desculpe contrariá-lo, mas a contração da doença não pode ocorrer através de saliva.
3. O argumentos dos guardas para não tirar a senhora do ônibus foi a ausência de luvas. O contato físico não transmite aids! E quanto ao argumento da mordida, uma pessoa de luvas (médico ou não) estaria sujeito a uma mordida de qualquer jeito.
Até :)
Ô bizonho... Com certeza você deve ser da turma de 2008. Depois que a turma de concursados entrou, a guarda acabou. Só coisas inacreditáveis estão acontecendo. Do jeito que o Cel. Diniz gosta.
Seu maré-rata. Procure se instruir, antes de falar besteira e matar a Guarda de vergonha.
Concursos públicos são em sua maioria o fim de um serviço de qualidade. As pessoas procuram a tão sonhada estabilidade e se esquecem de todo o resto.
Eu, como um dos primeiros Guardas, que vim das forças armadas, sinto-me envergonhado ao saber de histórias como estas. Fico imaginando quando chegar o armamento para nós, as besteiras que funcionários como vocês poderão fazer.
é uma pena que você pense desta forma. Depois do que o @Eduardo falou, eu não tenho mais nada a dizer. A não ser completar com o link: http://www.webciencia.com/10_aids.htm Nele, você encontra bem explicadinho como se dá a transmissão da doença.
E ah. Eu sei muito bem como funciona a Guarda Municipal. Tenho parentes que são Guardas, e a primeira coisa que fiz, antes de publicar este post foi enviar para eles, para ver se dizia respeito à alguma regra absurda da GM. E não é.
O que me entristece, é que é com eles que o dinheiros dos meus impostos é gasto :/
Amanda, infelizmente erros acontecem, mas não vamos denegrir a imagem de uma corporação inteira pela falha de apenas um GM. A Guarda Municipal é uma instituição nova e tem muito a crescer ainda, e a despeito do que as pessoas dizem, vem prestando bons serviços ao município (conheça o blogspot da guarda municipal de BH). Grande Abraço pra vc!!!